" Ide por todo o mundo e pregai o evangelho
          Marcos 16:15
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Marcos 16:15
Lição da Escola Sabatina
 
Testemunhas cativantes: o poder do testemunho pessoal
VERSO PARA MEMORIZAR: “Nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos” (At 4:20).

LEITURAS DA SEMANA: Mc 5:15-20; 16:1-11; At 4:1-20; 1Jo 1:1-3; Gl 2:20; At 26:1-32

Há um poder incomum no testemunho pessoal. Quando nosso coração é enternecido pelo amor de Cristo e somos transformados por Sua graça, temos algo significativo a dizer sobre Ele. Uma coisa é compartilhar o que Jesus fez por outra pessoa. Outra coisa bastante diferente é compartilhar o que Ele fez por nós.
É difícil argumentar contra a experiência pessoal. As pessoas podem debater sua teologia ou sua interpretação de um texto ou até zombar da religião em geral. Mas quando alguém diz: “Eu antes não tinha nenhuma esperança, mas agora tenho; eu estava repleto de culpa, mas agora tenho paz; minha vida não tinha sentido, mas agora tenho propósito”, até os céticos são impactados pelo poder do evangelho.
Embora algumas pessoas passem por conversões repentinas e dramáticas como a do apóstolo Paulo na estrada de Damasco, a conversão ocorre com mais frequência quando uma pessoa tem um crescente reconhecimento da preciosidade de Jesus, uma profunda compreensão de Sua maravilhosa graça e um supremo senso de gratidão pela salvação que Ele oferece gratuitamente. Cristo reorienta radicalmente nossa vida. O mundo necessita desse testemunho e anseia por ele desesperadamente.
Sábado à tarde
Domingo
Testemunhas improváveis

1. Leia Marcos 5:15-20. Por que Jesus enviou o homem a Decápolis para testemunhar à sua família e amigos, em vez de cultivá-lo em sua nova fé, mantendo-o com Ele?

A palavra Decápolis vem de duas palavras: deca, que significa “dez”, e polis, que significa “cidades”. Decápolis era uma região de dez cidades ao longo das margens do Mar da Galileia, no primeiro século. Essas cidades eram unidas por idioma e cultura comuns. O endemoninhado era conhecido por muitas pessoas naquela região. Ele havia infligido medo no coração delas por meio de seu comportamento imprevisível e violento.
Jesus viu naquele homem alguém que ansiava por algo melhor e, por isso, miraculosamente o livrou dos demônios que o atormentavam.
Quando as pessoas da cidade souberam que Jesus havia permitido que os demônios possuíssem um rebanho de porcos e que os animais tinham caído de um penhasco no mar, saíram para ver o que estava acontecendo. O evangelho de Marcos registra: “Indo ter com Jesus, viram o endemoninhado, o que tivera a legião, assentado, vestido, em perfeito juízo; e temeram” (Mc 5:15). O homem estava são novamente – física, mental, emocional e espiritualmente. A essência do evangelho é restaurar pessoas destruídas pelo pecado à plenitude para qual Cristo as criou.
Havia pessoa melhor para alcançar aquelas dez cidades da área de Decápolis do que um endemoninhado transformado que podia compartilhar seu testemunho com toda a região? Ellen G. White declarou: “Como testemunhas de Cristo, devemos dizer o que sabemos, o que nós mesmos temos visto, ouvido e sentido. Se seguimos Jesus, passo a passo, teremos algo positivo a contar sobre a maneira pela qual Ele nos tem conduzido. Podemos dizer como temos experimentado Suas promessas e comprovado a fidelidade delas. Podemos dar testemunho do que temos conhecido da graça de Cristo. É esse o testemunho que nosso Senhor pede de nós, e por falta dele o mundo está a perecer” (O Desejado de Todas as Na..es, p. 340). Deus muitas vezes usa improváveis testemunhas, as quais são transformadas por Sua graça, para fazer a diferença em nosso mundo.

Qual é a sua história de conversão? Como você se tornou cristão? Como alguém não convertido poderia se beneficiar da sua experiência e do seu testemunho?

Ano Bíblico: Sl 119
Ano Bíblico: Sl 111-118
Segunda-feira
Proclamando o Cristo ressurreto

Era domingo de manhã bem cedo, e as duas Marias foram às pressas ao túmulo de Cristo. Elas não Lhe pediriam nada. O que um Homem morto poderia lhes dar? Na última vez que O tinham visto, Seu corpo estava ensanguentado, machucado e enfraquecido. As cenas da cruz estavam profundamente gravadas na mente daquelas mulheres. Agora elas estavam simplesmente cumprindo seu dever. Com tristeza, foram ao túmulo para embalsamar o corpo de Jesus. As deprimentes sombras do desânimo engoliam sua vida na escuridão do desespero. O futuro era incerto e oferecia pouca esperança.
Quando chegaram ao túmulo, ficaram surpresas ao encontrá-lo vazio. Mateus registrou os eventos daquela manhã da ressurreição com estas palavras: “O anjo, dirigindo-se às mulheres, disse: Não temais; porque sei que buscais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito” (Mt 28:5, 6).
As mulheres agora estavam transbordando de alegria. As nuvens escuras de tristeza desapareceram na luz do Sol da manhã da ressurreição. A triste noite daquelas mulheres havia terminado. A alegria agraciava seu semblante, e suas lágrimas de lamento davam lugar a canções de regozijo.

2. Leia Marcos 16:1-11. Qual foi a reação de Maria quando descobriu que Cristo havia ressuscitado dos mortos? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Duvidou.
B. ( ) Saiu e anunciou a notícia aos companheiros de Jesus.

Depois que Maria encontrou o Cristo ressurreto, ela correu para contar a história. Boas notícias devem ser compartilhadas, e ela não podia ficar calada. Cristo estava vivo! Seu túmulo estava vazio, e o mundo devia saber disso! Depois de encontrarmos o Cristo ressurreto ao longo da estrada da vida, também precisamos correr para contar a história!
É igualmente impressionante que, apesar de todas as vezes em que Jesus lhes havia dito o que aconteceria (de que Ele morreria e ressuscitaria), os discípulos, os que Jesus escolheu especificamente, tenham se recusado a acreditar no testemunho de Maria. “Estes, ouvindo que Ele vivia e que fora visto por ela, não acreditaram” (Mc 16:11). Portanto, se os próprios discípulos de Jesus não acreditaram imediatamente, não devemos ficar surpresos se outros não aceitarem de imediato nossas palavras.

Alguém já rejeitou seu testemunho? Como você reagiu e o que aprendeu com essa experiência?
Terça-feira
Vidas transformadas fazem a diferença

“Ao verem a intrepidez de Pedro e João, sabendo que eram homens iletrados e incultos, admiraram-se; e reconheceram que haviam eles estado com Jesus” (At 4:13).
A igreja do Novo Testamento teve um crescimento explosivo. Três mil pessoas foram batizadas no dia de Pentecostes (At 2:41). Mais outros milhares de pessoas foram acrescentados à igreja algumas semanas depois (At 4:4). Logo as autoridades reconheceram o que estava acontecendo. Os cristãos do Novo Testamento haviam estado com Cristo. Tiveram a vida transformada por Sua graça e por isso não podiam ficar calados.

3. O que é relatado em Atos 4:1-20? O que aconteceu quando as autoridades tentaram silenciar Pedro e João? Qual foi a resposta deles?

Aqueles cristãos eram recém-convertidos e foram impelidos a contar sua história. Pedro, um rude pescador, foi transformado pela graça de Deus. Tiago e João, filhos do trovão, que tinham dificuldade de controlar seu temperamento, foram transformados pelo amor divino. Tomé, o cético, foi transformado pela misericórdia do Senhor. Cada um dos discípulos e membros da igreja primitiva tinha a própria história para contar, e não pôde ficar calado. Observe esta poderosa declaração de Ellen G. White no livro Caminho a Cristo: “No momento em que uma pessoa aceita a Cristo, em seu coração nasce um desejo de apresentar aos outros o precioso Amigo que encontrou em Jesus Cristo; a verdade salvadora e santificadora não pode ficar escondida em seu coração” (p. 78).
Observe também o que os líderes religiosos disseram no verso 16. Eles reconheceram abertamente a realidade do milagre que havia sido realizado – o homem curado estava ali diante deles. Mesmo com tudo isso, eles se recusaram a mudar de atitude. Apesar dessa aberta oposição, Pedro e João não recuaram de seu testemunho.

Qual é a relação entre conhecer e compartilhar Cristo? Por que conhecer Jesus pessoalmente é tão essencial para podermos testemunhar Dele?
Ano Bíblico: Sl 135-139
Quarta-feira
Compartilhando nossa experiência

Em Atos 26, encontramos o apóstolo Paulo como prisioneiro diante do rei Agripa. Nesse texto, dirigindo-se ao rei, Paulo deu seu testemunho pessoal, falando sobre sua vida não apenas como perseguidor dos seguidores de Jesus, mas sobre sua vida como testemunha de Jesus, após sua conversão, e a respeito da promessa da ressurreição dos mortos (At 26:8).
Quando Paulo se converteu na estrada de Damasco, nosso Senhor falou com Ele dizendo: “Por isto te apareci, para te constituir ministro e testemunha, tanto das coisas em que Me viste como daquelas pelas quais te aparecerei ainda” (At 26:16). Compartilhar nossa fé é sempre uma experiência dinâmica. É contar a história do que Cristo fez por nós no passado, o que Ele está fazendo em nossa vida hoje e o que Ele realizará por nós no futuro.
Testemunhar nunca se trata de nós. Sempre se trata Dele. Ele é o Deus que perdoa nossas iniquidades, cura nossas enfermidades, coroa-nos de graça e misericórdia e nos farta de bens (Sl 103:3-5). Testemunhar é simplesmente compartilhar a história de Sua maravilhosa graça em nós. É um testemunho de nosso encontro pessoal com o Deus de graça maravilhosa.

4. Leia 1 João 1:1-3 e compare com Gálatas 2:20. Quais semelhanças existem? Como a experiência de João é semelhante à de Paulo?

Embora João e Paulo tivessem diferentes experiências de vida, ambos se encontraram com Jesus. A experiência deles com Cristo não tinha acabado depois de ocorrer em um ponto específico do passado. Foi uma experiência diária e contínua de alegrar-se em Seu amor e andar à luz de Sua verdade.
A conversão é algo apenas do passado? Observe a declaração de Ellen White sobre os que pensavam que sua experiência de conversão passada fosse tudo o que importava: “Como se eles, uma vez que descobriram algo sobre religião, não precisassem ser convertidos diariamente; mas devemos todos os dias, cada um de nós, ser convertidos” (Manuscript Releases, v. 4, p. 46).

Independentemente de nossas experiências passadas, mesmo que tenham sido poderosas e dramáticas, por que é importante ter um relacionamento com o Senhor dia após dia, para perceber Sua realidade, bondade e poder? Comente com a classe.
Ano Bíblico: Sl 140-144
Quinta-feira
O poder de um testemunho pessoal

Examinemos novamente Paulo perante Agripa. O apóstolo estava diante do último descendente da linhagem dos reis judeus, dos Macabeus e da casa de Herodes. Agripa professava ser judeu, mas no fundo era romano (leia o Coment.rio B.blico Adventista do S.timo Dia, v. 6, p. 470). O idoso apóstolo, fatigado das viagens missionárias e marcado pelo conflito entre o bem e o mal, estava ali, com o coração repleto do amor de Deus e o rosto radiante com a bondade do Senhor. Não importava o que tinha acontecido em sua vida e as perseguições e dificuldades que havia experimentado, ele declarou que Deus é bom.
Agripa era cínico, cético, endurecido e realmente indiferente a qualquer sistema genuíno de valores. Ao contrário dele, Paulo estava cheio de fé, comprometido com a verdade e firme na defesa da justiça. O contraste entre os dois homens não poderia ser mais evidente. Em seu julgamento, Paulo pediu para falar e recebeu a permissão de Agripa.

5. Leia Atos 26:1-32. Como Paulo testemunhou a Agripa? O que podemos aprender com as palavras dele? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) Com generosidade para com Agripa, eloquência e intrepidez.
B. ( ) Com ira em suas palavras, por ter sido preso injustamente.

A bondade enternece o coração, mas a aspereza o endurece. Paulo foi incrivelmente bondoso com Agripa nesse texto. Ele o chamou de “versado em todos os costumes e questões que há entre os judeus” (At 26:3). Em seguida, iniciou um discurso sobre sua conversão.

6. Leia a história de conversão de Paulo em Atos 26:12-18 e observe cuidadosamente seu efeito sobre Agripa em Atos 26:26-28. Por que Agripa reagiu daquela maneira? O que o impressionou no testemunho de Paulo?

O testemunho de Paulo de como Jesus tinha transformado sua vida teve um impacto poderoso em um rei ímpio. Não há testemunho tão eficaz quanto uma vida transformada. O testemunho de uma vida verdadeiramente convertida tem uma influência maravilhosa sobre os outros. Até reis ímpios são movidos por vidas mudadas pela graça. Mesmo que não tenhamos uma história tão dramática quanto a de Paulo, devemos contar aos outros o que significa conhecer Jesus e ser redimido por Seu sangue.
Ano Bíblico: Sl 145-150
Sexta-feira
Estudo adicional

Texto de Ellen G. White: Atos dos Ap.stolos, p. 433-438 (“Quase Persuadido”).
A essência da vida cristã é um relacionamento tão pleno com Jesus a ponto de desejarmos compartilhá-lo. Por mais importante que seja a doutrina correta, ela não substitui uma vida transformada pela graça. Ellen G. White afirmou: “O Salvador sabia que nenhum argumento, embora lógico, abrandaria corações endurecidos nem atravessaria a crosta da mundanidade e do egoísmo. Sabia que os discípulos precisavam receber o dom celestial; que o evangelho só seria eficaz se fosse proclamado por corações entusiasmados e lábios eloquentes, capacitados pelo vivo conhecimento Daquele que é o caminho, a verdade e a vida” (Atos dos Apostolos, p. 31). No livro O Desejado de Todas as Na..es, ela acrescentou este pensamento poderoso: “O maravilhoso amor de Cristo abrandará e subjugará os corações, quando a simples repetição de doutrinas nada conseguiria” (p. 826).
Há quem pense que dar seu testemunho seja tentar convencer os outros das verdades que descobriram na Palavra de Deus. Embora seja importante, no momento oportuno, compartilhar as verdades bíblicas, nosso testemunho pessoal tem muito mais a ver com a libertação da culpa, a paz, a misericórdia, o perdão, a força, a esperança e a alegria que encontramos no dom da vida eterna que Jesus oferece gratuitamente.

Perguntas para consideração
1. Por que nosso testemunho é tão poderoso para influenciar os outros? Como o testemunho de outras pessoas impactou sua experiência?
2. Por que uma experiência diária com o Senhor é tão importante, não apenas para nosso testemunho, mas também para nossa fé pessoal?
3. Um testemunho poderoso pode ser uma testemunha eficaz. Ao mesmo tempo, por que uma vida piedosa é tão importante no testemunho?
4. Compartilhe seu testemunho pessoal com a classe. Lembre-se de compartilhar o que Cristo fez em sua vida e o que Ele significa para você.Que diferença Jesus fez?
Ano Bíblico: Pv 1-3
Ano Bíblico: Sl 120-134